Não sabemos se o seminário sobre o Voto Distrital vai despertar o Congresso para o assunto, mas a participação de FHC e de um convidado em especial, o deputado José Eduardo Cardozo (PT), já causou tumulto nas hostes petistas.
O jornalista Paulo Henrique Amorim, no seu site Conversa Afiada, foi o primeiro a levantar a polêmica (logo inflada por petistas de todas as patentes).
Nas palavras de Paulo Henrique, ipsis litteris: 1) O iFHC é um fórum político, onde FHC e os tucanos defendem suas idéias; 2) José Eduardo Cardozo fez o papel de “petista da vitrine”. Ou, como dizem os americanos, o papel de “token” petista, ou seja, aquele que dá legitimidade a uma situação discriminatória, que os próprios aliados denunciam. 3) Ou, vai ver, o deputado Cardozo faz parte daquela bancada de “petistas tucanos” de São Paulo, liderada pelo senador petista (?) Eduardo Suplicy.
O stress petista, do qual Paulo Henrique Amorim parece ser porta-voz, deve-se a uma denúncia feita na semana passada pelo PT na Assembléia Legislativa: a doação de R$ 500 mil pela Sabesp, que é controlada pelo governo do Estado de São Paulo, ao iFHC, sob o pretexto de se tratar de instituição sem fins lucrativos e apartidária.
Segundo nota oficial, o iFHC foi criado em 2003 com dois objetivos: "De uma parte, guardar, organizar e dar acesso público a documentos relativos à vida política e intelectual de seu fundador, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; de outra, promover estudos e debates sobre temas relacionados ao desenvolvimento e à democratização do Brasil e da América Latina."
O fato é que existe uma fratura exposta no PT, cujo grupo majoritário tenta (faz tempo) empurrar para fora da sigla nomes como José Eduardo Cardozo e o senador Eduardo Suplicy. Vamos ver até onde vai essa guerra fratricida. Uma coisa é certa: ambos são políticos sérios. Talvez por isso não caibam mais no PT. É o mesmo caso da vereadora Soninha, retratado abaixo.