Sintomática a mobilização de vereadores (do PT e do Centrão) para impedir que Soninha Francine assuma a Liderança do PPS na Câmara Municipal. Tem gente de cabelo em pé com a independência da vereadora, que quanto mais "apanha", mais aumenta a sua popularidade e ganha força para consolidar a sua pré-campanha à Prefeitura de São Paulo.
O PT pressiona para evitar que Soninha assuma a liderança, em uma manobra que levou o vereador Edivaldo Estima, que sairia do PPS (até porque já foi avisado que não terá legenda para disputar a reeleição), a mudar seus planos e impor a sua permanência na legenda para tumultuar (ele que tem um pé em cada canoa, com o filho e o chefe de gabinete como potenciais candidatos em outros partidos).
A manobra da vereadora Myryam Athie (atualmente no PDT), que forjou anteontem um comunicado datado de 20 de setembro (quando ela ainda estaria no PPS) passando a Liderança da Bancada para o vereador Estima (que descumpriu a deliberação partidária e deve enfrentar processo de expulsão), é só a ponta do iceberg.
A tropa de choque do Centrão tomou as dores de Estima. Curioso, para quem até outro dia fazia considerações pouco elogiosas ao caráter do vereador. Há inúmeros interesses em jogo. Mas, afinal, quem tem medo de Soninha Francine?
Leia aqui a matéria do site G1, onde Soninha diz, entre outras coisas, que entende o PT e considera "natural" a decisão do partido de tentar tirar seu mandato na Câmara.
Também fala do prefeito Gilberto Kassab, do governador José Serra, da ex-prefeita Marta Suplicy, de fidelidade partidária e da sua adesão ao bloco governista da Câmara.
Soninha declara que não vê problemas em apoiar - e também criticar - a atual administração municipal. Ou seja, é polêmica certa. Mas é também essa postura sempre franca, transparente, sensata e equilibrada que desarma seus críticos. PT saudações.