O presidente da Associação dos Motoboys do Estado de São Paulo, Ernane Pastore (à direita na foto, ao lado de Juan Martinez Brey, do Motoclube Força da União), filiou-se ao PPS nesta terça-feira e poderá ser candidato a vereador em 2008.
Motoboy há 19 anos e líder da categoria há 10, Ernane Pastore diz que circulam diariamente em São Paulo cerca de 150 mil motoboys, dos quais mais da metade são motociclistas autônomos.
Há mais de uma década a Prefeitura pretende implantar novas regras para o motofrete na cidade de São Paulo, obrigando o motoqueiro a ter o Cadastro Municipal de Condutores (Condumoto), expedido pela Secretaria Municipal de Transportes, além de limitar a licença para motos com até oito ano de uso e incluir equipamentos de segurança obrigatórios (baú regulamentado pelo Contran e antena de proteção contra cerol, por exemplo).
“Apenas 10% dos motoboys em atividade vão poder se regularizar. A maioria é formada por autônomos, que já estão endividados, sustentam a família e pagam prestações de motos novas. Deveríamos ter sido consultados”, afirma Ernane Pastore.
“A lei não leva em conta que a economia da cidade depende do trabalho diário dos motoboys, assim como alguns serviços essenciais.”
A categoria luta pelo reconhecimento e por condições dignas de trabalho. É justo. Os motoboys também defendem uma convivência pacífica com os motoristas, a partir da reeducação de ambos e de corredores exclusivos para motos, entre outras propostas.