O site Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, destaca o trabalho da vereadora Soninha Francine (PPS) como relatora da CPI que investigou o trabalho escravo em São Paulo.
A investigação sobre a exploração de trabalho análogo ao escravo em oficinas de costura e confecções paulistanas apurou que pelo menos 50 mil trabalhadores eram explorados nesse tipo de trabalho. A Comissão divulgou a cadeia produtiva dessas confecções e identificou as grandes redes varejistas que compravam roupas produzidas pelos bolivianos em situação de escravidão.
Soninha quer agora promover um debate na Câmara para saber o que deve ser feito a partir das informações obtidas a partir da investigação da Comissão.
“Não é mais a investigação. Já fizemos o diagnóstico. Mas é o encaminhamento: o que é que a gente faz a partir desse conhecimento, a partir dessa constatação”, disse Soninha.
Segundo a vereadora, a maioria dos bolivianos que são explorados nas confecções de São Paulo está em situação irregular no Brasil. Ela disse que esses bolivianos não têm documentos que garantem a eles o direito de trabalhar e permanecer no país.
“Uma das conclusões do relatório (da CPI) eram recomendações para o Ministério das Relações Exteriores para que se envidassem esforços mais uma vez para a regularização dos bolivianos. Esse era o primeiro passo, eles tendo os documentos na mão, com situação totalmente regular no Brasil, isso já dá um poder para eles de exigir, de negociar”, disse a vereadora Soninha.