quinta-feira, 5 de julho de 2007

Os números da acessibilidade em São Paulo

Há cerca de 1,5 milhão de deficientes e 2 milhões de pessoas com mobilidade reduzida, como obesos, idosos e gestantes, na cidade de São Paulo.

As estatísticas, entretanto, não são 100% confiáveis. "Os únicos dados mais recentes são os do Censo do IBGE de 2000", diz Mara Gabrilli. "Mas, como o questionário é autodeclaratório, um senhor que usa óculos pode, por exemplo, se considerar cego."

Calcula-se que existam em São Paulo 416 mil deficientes físicos, como paraplégicos (que não movimentam as pernas), hemiplégicos (sem movimentos em um dos lados do corpo), tetraplégicos (que não mexem os quatro membros), amputados e outros.

Os cegos somam 687 mil, os surdos, 247 mil, e os deficientes intelectuais, 131 mil, caso de quem sofre, por exemplo, de síndrome de Down.

Desde 1999, os anões (2 mil na cidade, segundo estimativa da Associação Gente Pequena do Brasil) passaram a ser considerados deficientes no país.

• Transporte – Os ônibus adaptados passaram de 300 para 1.287, mais de um por linha. Desses, 43 têm um sistema que permite baixar a suspensão para receber cadeirantes, idosos e cegos com cão-guia.

• Cultura – O projeto Arte Inclui levou até agora mais de 7.500 deficientes ao cinema, ao teatro e a exposições.

• Educação – Desde setembro do ano passado, qualquer pessoa pode solicitar impressões de livros em braile ou audiolivros (com texto narrado) em uma das sete bibliotecas municipais com acervo em braile ou nos dez CEUs que fazem parte do programa.

• Trabalho – Dos 4.375 deficientes que entregaram o currículo nos Centros de Apoio ao Trabalho, 673 conseguiram uma vaga. Metade deles era de deficientes físicos. A qualificação ainda é uma barreira: só 10% possuem ensino superior completo.

• Esporte – Em setembro do ano passado, a cidade abrigou pela primeira vez os Jogos Municipais Inclui Sampa. Cerca de 153 pessoas com deficiência competiram em modalidades paradesportivas.

• Acessibilidade – Em 2006, a prefeitura investiu 11,3 milhões de reais na reforma de 62 quilômetros de calçadas da cidade, que agora passam a ser acessíveis a deficientes. Elas têm piso com indicações táteis e sem irregularidades.

• Habitação – Foram lançados em junho de 2005, na Casa Cor, os Selos de Habitação Universal e Visitável. Eles rotulam imóveis que permitem acesso de pessoas com deficiência.