

Um Silva que nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, chegou à semifinal (foi 4º lugar) e entrou para lutar vestindo uma luva preta dos Black Panthers (Panteras Negras, movimento de militantes negros norte-americanos no final da década de 60), que o juiz o fez tirar. O objetivo era protestar contra a falta de apoio ao esporte no país. País dirigido por um Silva, que se achava intocável.
"É uma luva dos Black Panthers, um sinal de protesto, da indignação. Por mais que a gente batalhe, nosso sacrifício não é recompensado. Foi meu protesto para que o Brasil veja a dificuldade que o esporte amador enfrenta. A gente merecia mais apoio do governo e dos empresários", desabafou o lutador na Grécia.

Um Silva é brigador, mas permanece humilde. Outro não é mais.
Para Diogo, a platéia cantou "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor". Para Luiz Inácio, uma estrondosa vaia.
Será que os Silvas deste Brasil, enfim, estão acordando?
