Como já havíamos antecipado, está causando polêmica o acordão feito pelos vereadores paulistanos para aprovar um pacotão de projetos que inclui idéias esdrúxulas e impraticáveis na cidade. A Folha de S. Paulo traz neste sábado ampla reportagem sobre o assunto. Mas todo ano é igual.
O jornal, que não acompanhou a sessão reportada, esqueceu apenas de mencionar que nem todos os vereadores concordaram com os projetos bizarros, apesar do acordo, como foi o caso da vereadora do PPS Soninha Francine. Leia mais aqui.
Justiça seja feita, também os líderes do PSDB (Carlos Alberto Bezerra) e do PT (Francisco Chagas) se mantiveram o tempo todo no plenário e registraram os votos contrários de suas bancadas às propostas mais absurdas.
A Folha traz na principal manchete de primeira página de hoje a ridícula contradição: "Câmara amplia e acaba com o rodízio", ou seja, dois projetos aprovados que se anulam mutuamente.
O jornal relata: A Câmara Municipal de São Paulo aprovou no mesmo dia e na mesma sessão um projeto de lei que amplia o rodízio e um outro que acaba com a restrição à circulação de veículos. A aberração legislativa ocorreu na noite de quarta-feira em meio a um acordão para aprovar em massa as propostas de vereadores.
Os projetos foram aprovados em primeira votação - não necessariamente por unanimidade. Para a segunda, prevista para a semana que vem (antes de virar lei, um projeto precisa ser aprovado duas vezes e ser submetido a apreciação do prefeito), o acordão prevê que só um projeto será aprovado por vereador (a critério do vereador).
Na lista dos aprovados há projetos como o que estabelece o Dia de Orgulho Heterossexual em São Paulo, do vereador Carlos Apolinário (DEM).