A matéria principal da Folha deste sábado não registra os vários votos contrários de Soninha Francine aos projetos mais absurdos aprovados simbolicamente em primeira votação da Câmara. Mas destaca uma das propostas da vereadora do PPS, que pune qualquer discriminação por orientação sexual na cidade.
Para quem não conhece o dia a dia do trabalho parlamentar, é importante ressaltar que Soninha é das poucas vereadoras que acompanha todas as votações, avalia e manifesta a sua posição sobre cada projeto em pauta. É um trabalho frenético, que a mantém por horas seguidas no plenário (foram seis horas na quarta-feira e mais de doze horas ininterruptas na quinta-feira).
Também a coluna de Mônica Bergamo destaca:
Orgulho hetero
E continua na Câmara dos Vereadores a guerra entre "defensores" dos gays e dos heterossexuais. Na quinta-feira, foi aprovado em primeira votação o projeto da vereadora Soninha (PPS-SP) que pune estabelecimentos comerciais que discriminem os gays. E, no dia seguinte, o vereador Carlos Apolinário (DEM-SP) conseguiu enfim aprovar o Dia do Orgulho Heterossexual. As duas propostas ainda têm que passar por uma segunda, e definitiva, votação.
Beijos e beijos
Soninha diz que "os heterossexuais não sofrem preconceito" e que o Dia do Orgulho Hetero não passa de provocação. Apolinário afirma que seu projeto é "preventivo", pois chegará o dia em que os heterossexuais serão minoria na cidade. Ele justificou seu projeto afirmando que é casado há 32 anos e que nem por isso beija a esposa em público, e portanto não acha correto "dois bigodudos entrarem em um restaurante e ficarem se beijando". Já Soninha acha que Apolinário pode beijar, e deve deixar os outros se beijarem onde quiserem.
Dia D
O Dia do Orgulho Hetero, se for aprovado pelos vereadores e depois sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP), será "comemorado" no terceiro domingo dos meses de dezembro.