O mar não está para peixe, nem para molusco. No fluxo e refluxo provocado pela força das ondas (pró-Lula e anti-Lula), quem perde é o povo brasileiro.
São 1.681 dias já vividos com Lula no poder. Faltam outros 1.241 para o final do segundo mandato, em 31 de dezembro de 2010. Não defendemos o "Fora Lula", atitude golpista que sempre foi a bandeira do próprio PT contra o mandatário legitimamente eleito no país. Por outro lado, não podemos aceitar resignados que qualquer crítica ou oposição ao governo seja interpretada com um viés conspiratório.
O PPS posicionou-se ontem frontalmente contrário às recentes iniciativas do presidente de desqualificar a oposição, de renegar qualquer crítica ao governo, de qualificar a mídia brasileira como golpista e de alimentar a perigosa tese do confronto entre “direita” e “esquerda”, entre “ricos” e “pobres”.
O partido chama a atenção ainda para a crise geral de gerenciamento no país, para o caos em que se encontra a infra-estrutura nacional e para a tentativa do governo de desviar a atenção da população para um duelo entre a “elite” e o “povo”, com a clara intenção de continuar executando no governo apenas o seu projeto de poder, deixando de lado um planejamento responsável para o país.
Nesse sentido, é abominável qualquer idéia, ainda que embrionária, de um terceiro mandato presidencial. “Idéia, por sinal, retomada pelo PT, por meio da defesa de uma agora inoportuna e nitidamente golpista Constituinte exclusiva para a reforma política, como instrumento de concepção anti-democrática e de virtual transição ditatorial, de que são exemplo os casos da Venezuela, da Bolívia e do Equador”, diz a nota da direção nacional do PPS.
Veja aqui um bom resumo destes 55 meses do (des)governo Lula.