A orientação do Diretório Nacional do PPS, seguindo seu planejamento estratégico, é pela candidatura própria à prefeitura das capitais e municípios com mais de 100 mil eleitores.
Em São Paulo, pragmaticamente, deveremos optar por construir e viabilizar esta candidatura própria à Prefeitura ou por reeditar uma aliança que eventualmente nos ofereça a vaga de vice, por exemplo. E Zulaiê Cobra seria fundamental em todo esse processo, com qualquer uma das hipóteses citadas.
Até abril de 2008, prazo para a definição de Marta Suplicy (ela deixará o Ministério do Turismo para concorrer outra vez à Prefeitura de São Paulo?), o sobe-e-desce das pesquisas sobre a administração Kassab, a solução dos conflitos internos do PSDB etc., vai ser difícil algum partido decidir algo concreto. Por enquanto, podemos apenas supor, torcer ou, o que parece mais apropriado, trabalhar e buscar construir uma alternativa palpável à cidade.
O nome da ex-deputada Zulaiê Cobra se enquadra perfeitamente nessa proposta do PPS: uma pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo irretocável eticamente, com forte personalidade, apelo midiático e conteúdo programático, oriunda desta mesma aliança que derrotou o PT e segue unida tanto na oposição aos métodos e práticas petistas no governo federal, quanto nas administrações reconhecidamente bem sucedidas (no município e no estado).
Após toda a vivência no parlamento e nos tribunais, como advogada criminalista, Zulaiê entende que chegou o momento dela encabeçar uma disputa eleitoral majoritária - por isso é a primeira pré-candidata declarada à Prefeitura de São Paulo.
O PPS concorda que pode contribuir com o embasamento programático e político deste projeto, desde que represente uma construção coletiva, responsável, partidária, sem traços arbitrários ou rompantes aventurescos.
Como bem definiu a ex-tucana Zulaiê Cobra, nos últimos meses houve um "namoro" entre ela e o PPS. Existe identidade, harmonia, atração, respeito e admiração recíprocos, que podem levar ao casamento.
Aos enamorados restam dois caminhos: selar o compromisso de união, fidelidade e parceria responsável "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida", ou ceder aos encantos de outro pretendente mais sedutor, que promete uma vida fácil, sem contratempos nem aborrecimentos, mas que pode resultar em golpe do baú (ou da urna eletrônica, neste caso) de quem só está interessado no dote eleitoral da noiva.
Para o final feliz, basta manter o diálogo, ceder um pouquinho aqui e ali (conjugando princípios, valores e ideais), e ambos decidirão como e quando chegar ao altar. O mais importante, independente do resultado, é a relação franca e transparente que foi estabelecida. Isso fica para sempre.