Completamos a primeira semana de janeiro com a novela que marcará esse período pré-eleitoral, até meados de abril (com reflexos até as convenções partidárias, no mês de junho): quem será o candidato de tucanos e democratas para a Prefeitura de São Paulo?
Numa demonstração do quanto está disposto a manter seu nome em evidência, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) está cumprindo agenda típica de candidato, com presença constante na periferia paulistana.
"Um partido que tem expectativa de poder, como é o caso do PSDB em São Paulo, não pode abrir mão disso. É estranho que defendam isso", argumenta o deputado federal Edson Aparecido.
Outro aliado de Alckmin, o deputado federal Sílvio Torres afirma que a cidade de São Paulo será "a vitrine" das eleições do ano que vem, a primeira batalha da guerra pela Presidência da República. Segundo ele, o PT deverá apostar todas as fichas na cidade. "2010 começa em 2008. Não podemos permitir que o PT vença em São Paulo", disse Torres.
Por outro lado, tucanos ligados a José Serra insistem na idéia de apoio a Kassab sob o argumento de que a preservação da aliança com o DEM é a prioridade. Além disso, advertem para o impacto que o lançamento de duas candidaturas exerceria sobre a administração municipal.
No primeiro escalão, os indicados pelo ex-prefeito e hoje governador José Serra chegam a 15 dos 21 secretários municipais. Também 22 dos 31 subprefeitos são da cota tucana.
Um racha entre PSDB e DEM, cada qual lançando candidato próprio, assusta quem integra hoje o governo. "Não quero falar sobre essa hipótese. Aposto na preservação dessa aliança. Prometo dar minha alma pela aliança", reagiu o secretário de Esportes Walter Feldman, ao responder se terá de deixar a prefeitura. Aliás, ele é candidatíssimo a vice de Kassab.
Vamos acompanhar os próximos capítulos. O primeiro semestre será bem agitado.