terça-feira, 6 de maio de 2008

Mais um capítulo da série "Político é tudo igual?"

Fizemos uma brincadeira no fim-de-semana (reveja) com essa maçaroca que a política virou na cabeça das pessoas. E o assunto rendeu, gerou polêmica e grande repercussão. Tanto que vai virar uma espécie de postagem fixa do Blog do PPS/SP. É a política nua e crua, apresentada em capítulos. Novos exemplos chegam todos os dias.

O 1º de maio foi emblemático (pela mão trocada): enquanto Marta Suplicy prestigiava a festa da Força Sindical, o prefeito Gilberto Kassab aparecia na festa da CUT. Sinal dos tempos.

O que dizer então do PSDB, neste princípio do fim dos tucanos? A coisa está feia. O partido que sempre foi identificado por ter suas lideranças "em cima do muro", resolveu dessa vez botar para quebrar e rachar o muro! Os vereadores romperam de vez com Geraldo Alckmin e assumiram o apoio a Kassab, contra decisão de sua Executiva Municipal.

Do lado dos defensores da reeleição do prefeito estão agora 11 vereadores (com exceção de Tião Farias), os secretários municipais tucanos (Walter Feldmann, Ricardo Montoro, Andrea Matarazzo, Alexandre Schneider, Clóvis Carvalho) e o grupo do governador José Serra.

Do exército de brancaleone alckmista despontam seus ex-secretários Gabriel Chalita, Saulo de Castro Abreu Filho e Duarte Nogueira, os deputados José Aníbal, Édson Aparecido, Silvio Torres e Júlio Semeghini, além do estadual Bruno Covas.

Há mais divergências internas entre os grupos de Serra e Alckmin no PSDB, assim como dentro das várias tendências do PT, do que entre esses próprios partidos.

Aliás, onde estava o governador de São Paulo, José Serra, durante o enfrentamento tucano? Inaugurando obras no Piauí (!?!?) ao lado do presidente Lula!!!!

Nada mais surpreende na política. Maluf, Sarney, Collor e Roberto Jefferson com o PT. Quércia com Serra e Kassab, assim como poderia estar com Alckmin, que agora renega o apoio que buscava do PMDB. O PR transitando entre todos, bem como o "bloquinho de esquerda" que negocia melhores "espaços" em troca dos mais variados "argumentos".

Não é à toa que a população reage à política como aquele velho personagem de Jô Soares que, ao acordar no hospital e saber das novidades no Brasil, implorava aos médicos: "Me tira o tubo!!!".