Tentamos ignorar o fato, mas não resistimos. É demais para deixar passar em branco. Duas matérias publicadas na segunda-feira, em grandes jornais, aparentemente sem nenhuma vinculação uma com a outra. Porém, ambas acabaram se completando. Vejamos a "coincidência": A Folha de S. Paulo publicou artigo do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, intitulado "Nem tudo o que reluz é verde". Em linhas gerais: "Políticos mais esclarecidos ou mais oportunistas vêem na questão ambiental um novo campo de atuação e de legitimação." (leia)
O Valor Econômico, por sua vez, trouxe matéria de página inteira com Mangabeira Unger. O título: "Mangabeira aposta em emergentes e na Amazônia". O teor: "Unger entende que o mundo todo deve ´pagar o preço de uma luta que é nossa mas que beneficiará toda a humanidade´ - a preservação da Amazônia". (leia)
Pois, é. Boaventura estava certo. As questões ambientais atraem tanto os políticos mais esclarecidos quanto os mais oportunistas.
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