Explicar o mensalão ninguém quer, mas criticar a atuação dos outros é uma especialidade petista. O deputado estadual Adriano Diogo (PT) é um bom sujeito. Paulistano da Mooca, participou do movimento estudantil, lutou contra a ditadura (foi preso e torturado), vereador por quatro mandatos, referência em questões ambientais e de direitos humanos, mas resolveu agora enveredar por um tema que o PT adora: criticar o PPS.
Sobraram farpas para todos: o presidente nacional do partido, Roberto Freire, o deputado federal Arnaldo Jardim, a pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, vereadora Soninha Francine... Nada que já não estejamos acostumados. Reveja aqui uma espécie de antologia (de antas??) petista contra Soninha.
O deputado estadual e presidente do PPS paulista, Davi Zaia, resolveu responder aos ataques de Adriano Diogo na tribuna da Assembléia. Pura perda de tempo, porque o presidente Lula já ensinou que petista tem dois ouvidos: um para os aplausos e outro para as vaias, mas só um deles funciona. O ouvido bom de Diogo é disputado pela corja de bajuladores. No outro, se ele nos ouvisse, sugeriríamos que o deputado tome uma água para ficar mais calminho. Ou, segundo a pérola do martírio petista: Relaxe e goze!
"O deputado Adriano Diogo fez uma série de críticas que, do meu ponto de vista, não se sustentam", afirma Zaia, referindo-se aos ataques do petista às principais lideranças do PPS e à participação na base de sustentação dos governos Serra e Kassab.
"Talvez o deputado não entenda isso. Seu partido tinha até alguma dificuldade em entender essa questão de alianças, mas, hoje, já entende muito bem, haja vista as alianças feitas em Brasília. Mas parece que o deputado não acompanhou essa evolução do seu próprio partido."