A nova pesquisa do Datafolha sobre as eleições paulistanas serviu para reforçar a polarização entre o petismo e o anti-petismo na cidade, sendo que a identificação momentânea deste quadro se dá no embate entre Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Clique na ilustração acima para acompanhar os números.
A pesquisa registra um crescimento significativo de Marta, talvez reflexo do noticiário que a colocou como potencial candidata pela primeira vez com o apoio explícito do presidente Lula. Ela divide a liderança em todos os cenários apresentados com Alckmin.
A ministra petista tem 29% das intenções de voto, contra 28% do ex-governador tucano e 13% do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Na pesquisa espontânea, sem a sugestão de nomes, Marta subiu de 7%, em novembro, para 15%; Alckmin foi de 4% para 8%. Kassab subiu de 10% para 11%.
Todos outros nomes que estão fora dessa polarização alimentada pela mídia entre tucanos e petistas perdeu pontos nesta pesquisa em relação à anterior.
Segundo o Datafolha, Marta teve uma variação positiva em todos os segmentos de eleitores em comparação a fevereiro. O crescimento mais significativo aconteceu entre os eleitores com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos. Marta passou de 15% para 24%, um aumento de nove pontos percentuais.
Também com 24%, Kassab teve a mesma variação (de nove pontos) entre esse eleitorado. Foi nesse estrato que Alckmin registrou sua maior queda: 12 pontos. Em fevereiro, o tucano tinha 40% entre os eleitores com renda familiar superior a dez mínimos. Agora, tem 28%.
O Datafolha apresentou outros vários cenários possíveis. O mais factível, hoje, seria aquele sem a candidatura da ex-prefeita Luiza Erundina (PSB). Neste quadro, a vereadora Soninha Francine, pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, mantém o índice de 2% das intenções de voto.