O nome de Aécio Neves está consolidado no PSDB, assim como também parece irreversível a candidatura de Eduardo Campos pelo PSB - que o PT insiste (e erra!) em menosprezar. Tratamos desse tema da sucessão presidencial no texto Feliz 2014: o Ano Novo começa nesta semana!
Duas dúvidas vão persistir por mais alguns dias: Marina Silva tem até 5 de outubro para oficializar a Rede Sustentabilidade ou decidir pela filiação a outra legenda para poder disputar a eleição do próximo ano. A mesma data é o limite para José Serra escolher entre permanecer no PSDB e se conformar em disputar uma vaga na Câmara ou no Senado, ou se filiar ao PPS e tornar-se outra vez presidenciável.
Muita gente tem questionado o posicionamento do PPS exatamente por incentivar, ao mesmo tempo, todas essas candidaturas: o partido pode apoiar Aécio, Eduardo, Serra ou Marina - e qualquer deliberação para 2014 será absolutamente legítima e coerente (leia aqui uma boa resposta sobre esse questionamento).
Hoje é humanamente impossível antecipar a decisão do TSE: vai vetar o partido de Marina Silva por problemas meramente burocráticos ou dará razão ao argumento de que os cartórios não cumpriram o prazo de conferência e rejeitaram assinaturas sem justificativa?
Ninguém na #REDE quer falar em "plano B" - e estão certíssimos! A própria Marina foi clara na explicação: "Vocês já viram alguém indo para o altar com um noivo ou uma noiva e alguém pergunta: e se ele enfartar? E se acontecer alguma coisa, o que ele vai fazer? Ah, estou de olho ali na vizinha, tenho um plano B".
Todos estamos torcendo - e colaboramos inclusive na coleta de assinaturas - para a oficialização da Rede Sustentabilidade. É bom para o Brasil, é saudável para a democracia. Mas todos sabemos que se o novo partido da Marina não sair, ela tem no PPS uma opção para disputar a Presidência da República em 2014. Se ela vai querer ou não, é uma outra história. Mas a própria Marina já falou sobre a possibilidade (leia).
Também o tucano José Serra parece de certa forma esperar pela decisão de Marina para definir o seu próprio futuro: se a #REDE não sair e Marina não se filiar a nenhum partido, abre-se um vácuo na sucessão presidencial com a sua ausência. Quem vai ocupar esse espaço?