A Mesa Diretora, presidida pelo vereador José Américo (PT), já decidiu instalar vidros à prova de bala na fachada externa da Câmara Municipal de São Paulo. Nesta etapa inicial do pacote de blindagem do prédio envidraçado contra protestos e depredações serão gastos R$ 1,3 milhão em 244,8 metros quadrados, tudo em caráter emergencial (contratação de serviços sem licitação).
Numa segunda etapa, devem ser aplicadas películas anti-vandalismo nos outros andares do prédio. Daí pode surgir também a medida mais controversa, sugerida por alguns parlamentares: colocar vidros entre as galerias e o plenário, separando ainda mais o povo dos vereadores (que já ficam isolados em espaços e até andares distintos).
Tornou-se cena trivial o bate-boca do presidente da Câmara, José Américo, com manifestantes, geralmente em tom alterado, mandando que se calem e determinando a retirada dos mais exaltados pela PM - numa atitude estranha para um parlamentar do PT, que sempre exerceu o direito democrático de protestar enquanto era oposição.
Atos contra votações polêmicas vêm se repetindo na Câmara. Nesta terça-feira, 3 de setembro, foram contra a homenagem à ROTA, aprovada após duas semanas de obstrução, iniciativa questionada inicialmente pelo Blog do PPS.
Mas outras ações recentes dos vereadores também despertam atenção da sociedade: da CPI do Transporte à surpreendente troca do vale-refeição dos funcionários, passando por projetos inaceitáveis como um "exame antidoping" em alunos das escolas públicas.