segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Qual será a marca da gestão Haddad?

Faixas pintadas no asfalto são suficientes para imprimir a marca de uma gestão que há um ano foi apresentada como representante do "novo" que a cidade de São Paulo precisava para mudar para melhor?

Se já não bastasse o prefeito Fernando Haddad (PT) não cumprir as suas principais promessas de campanha, como o Arco do Futuro e o bilhete único mensal, comete deslizes na fiscalização de obras irregulares (como a que causou 10 mortes em São Mateus), trapalhadas na questão do aumento da tarifa de ônibus (que originou os protestos pelos 20 centavos) e agora afrouxa a fiscalização da Lei Cidade Limpa, principal marca de seu antecessor, Gilberto Kassab (PSD).

A imprensa relata que houve queda de 90% nas multas por irregularidades na lei que passou a vigorar em 2007. De janeiro a agosto deste ano, a Prefeitura aplicou 226 multas. A média por subprefeitura é de menos de uma autuação por mês. No ano passado, no mesmo período, foram 2.265 multas.

A Prefeitura alega que as autuações caíram porque as pessoas respeitam mais a lei e que a fiscalização continua sendo feita. No entanto, os jornais mostram que é fácil encontrar violações pelas ruas. As principais irregularidades são cometidas por pequenos comércios. Peças móveis, como banners, cavaletes e faixas, passaram a tomar as ruas comerciais do centro e também da periferia. Além disso, sobram lambe-lambes nos postes de todas as regiões percorridas.

O setor de publicidade e alguns vereadores de São Paulo cobram a expansão da permissão de anúncio no mobiliário urbano da cidade. Atualmente, apenas pontos de ônibus e relógios de rua podem ter anúncios.

A ampliação dos equipamentos, alega o setor publicitário, poderia ajudar na arrecadação de fundos para o próprio município ou para melhorias na cidade. Pelo acordo dos pontos de ônibus e relógios, as empresas vencedoras da licitação tem de colocar os novos equipamentos e a fazer a manutenção. 

Embora o que se veja atualmente são pontos de ônibus desconfortáveis e que não oferecem nenhuma proteção de sol ou chuva aos usuários, além de calçadas esburacadas por conta da instalação dos novos relógios.

Em troca, essas empresas podem explorar os anúncios no mobiliário da cidade por 25 anos. Pelo acordo assinado, serão instalados pelo menos 6.500 abrigos e 14 mil totens. Quanto aos relógios, serão 100 na região central e aproximadamente 150 nas outras quatro áreas da cidade.

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