Se forem confirmadas as candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) à Prefeitura de São Paulo, rachando (ao menos no primeiro turno) a aliança que elegeu José Serra prefeito em 2004 (perpetuando a parceria que vinha do governo FHC e prosseguiu na campanha de Serra ao governo e do próprio Alckmin a presidente em 2006), estará desenhado o cenário que fortalece a candidatura de Soninha Francine (PPS).
Dois argumentos são sempre usados pelos que tentam enfraquecer a candidatura própria do PPS: 1) O PPS não deve rachar a aliança com o PSDB e o DEM, já que o adversário comum de todos eles seria o PT; 2) O PPS não teria chance de chegar sozinho ao segundo turno, portanto seria mais "negócio" fechar com o nome "favorito" da aliança.
Pois se Alckmin e Kassab entenderem que o lançamento de candidaturas isoladas do PSDB e DEM não coloca em risco a aliança para o segundo turno, está legitimada também a candidatura de Soninha - sem que o PPS seja acusado de uma decisão divisionista.
Além disso, se não lançasse uma candidatura própria, o PPS deveria pender para qual lado da balança: o "favorito" Geraldo Alckmin (simplesmente pelo fato de ter mais chances de ganhar a eleição) ou Gilberto Kassab, que faz uma boa administração e mantém fidelidade total às propostas do prefeito José Serra (eleito pela coligação PSDB/PFL/PPS)?
O que levar em conta: o interesse eleitoreiro do partido ou o interesse público da cidade? A conquista de mais espaço na máquina pública ou o futuro da metrópole?
Os caminhos apontados pelo PPS com a candidatura da vereadora Soninha Francine são no sentido de construir o melhor para a coletividade. Menos preocupação com nomes e índices de popularidade e mais dedicação para discutir o que é melhor para a cidade de São Paulo - independentemente do favoritismo nesta altura do campeonato. Visite e participe do Projeto SP.
Soninha tem entre 2% e 3% das intenções de voto, segundo o Datafolha. Mas é certamente o fato novo de uma eleição que ameaça repetir na urna eletrônica nomes que já saturam o paulistano, como Alckmin, Marta, Maluf, Paulinho e Erundina.
O potencial de crescimento de Soninha é enorme. A consolidação da sua candidatura e a maior visibilidade do seu nome e das suas propostas com o início da campanha eleitoral deixam o PPS bastante otimista.
Imaginar um debate na TV entre Soninha e Marta, por exemplo, ou entre Soninha e Alckmin ou Soninha e Kassab, é um exercício que faz bem a qualquer cidadão paulistano. Enquanto os outros nomes representam apenas "mais do mesmo", o PPS oferece um outro olhar sobre São Paulo.
Vale lembrar uma postagem antiga do Blog do PPS/SP, de setembro do ano passado, quando a filiação de Soninha ainda não estava concretizada, mas que já indicava com clareza os nossos princípios e objetivos. Reveja aqui.