quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Guerra interna do PSDB embola eleição paulistana

Enquanto a vereadora Soninha trabalha firme na Câmara e constrói o Projeto SP e o prefeito Gilberto Kassab assume de vez o papel de candidato à reeleição (na foto acima, "tio" Kassab fala com os alunos na inauguração de uma escola na zona leste), esquenta a guerra entre os tucanos.

A disputa desta quarta-feira entre serristas e alckmistas pela liderança do PSDB na Câmara dos Deputados terminou com uma goleada que lembrou os tempos do Santos de Pelé. O deputado José Aníbal (do santista Geraldo Alckmin) venceu por 36 a 22 o adversário Arnaldo Madeira (do palmeirense José Serra), que mobilizou até o secretário de Esportes e deputado licenciado Walter Feldman (candidatíssimo a vice de Kassab), exonerado do cargo por um dia para tentar virar a votação pró-Serra. Não deu.

José Aníbal é declaradamente contra o apoio do PSDB à reeleição de Kassab. Na Câmara Municipal, entre os 12 vereadores tucanos, só encontra apoio em Tião Farias (ex-braço direito do então governador Mário Covas). O resto da bancada (quem sabe o porquê?) vai de Kassab.

A briga expôs ainda outra disputa: ficou mais evidente a força do governador mineiro Aécio Neves junto à bancada federal, o que mostra que não será tão simples a confirmação da candidatura presidencial de Serra em 2010.

Aníbal, que já chegou a dizer que o PSDB apoiar a reeleição de Kassab em São Paulo seria o mesmo que "o rabo abanar o cachorro", voltou a defender, como líder, que o partido tenha candidato próprio.

"O PSDB tem uma presença muito forte em São Paulo. É natural e legítimo que o partido pense em ter candidato", afirmou. "A possibilidade da candidatura de Geraldo Alckmin é forte. Ele foi governador duas vezes, foi candidato a presidente e tem empatia e diálogo com o eleitorado de São Paulo".