segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Soninha: ser fiel ao PT ou à própria consciência?

A questão da fidelidade partidária é fundamental para a consolidação e o aprofundamento da democracia representativa. Porém, o que foi uma corrida dos partidos de oposição (PPS, PSDB e DEM) ao Supremo Tribunal Federal para tentar frear a cooptação de deputados federais pelo governo Lula, acabou sendo usada pelo próprio PT, de modo enviesado, para se vingar da vereadora Soninha e do PPS.

Agora será travada na Justiça Eleitoral uma disputa para, de um lado, provar que Soninha teria sido "infiel" ao trocar o PT pelo PPS; do outro lado, a vereadora vai exercer a defesa do seu mandato e da nova opção partidária por ter feito um gesto de absoluta consciência, após uma série de divergências com o PT (este sim o "infiel" da história, que mudou essencialmente no exercício do poder e traiu parte considerável de antigos militantes e eleitores).

Não é de hoje que o PPS defende publicamente a postura da vereadora Soninha. Aqui mesmo no Blog do PPS/SP, duas postagens antigas (de março e de maio de 2007), comprovam que já defendíamos a coerência e sinceridade de princípios de Soninha, enquanto o PT a atacava (nos bastidores e mesmo publicamente) e a empurrava para fora do partido (como costuma fazer com quem pensa diferente dos mandatários do momento, vide os casos de Luiza Erundina, Heloísa Helena & cia.)

Reveja aqui as postagens antigas do Blog do PPS/SP em defesa da vereadora Soninha , quando ela ainda integrava a bancada do PT (lembrando que a vinda dela para o PPS só se concretizaria em 1º de outubro de 2007):

Soninha sem censura: uma rebelde com causa (março/2007)

Uma voz dissonante dentro do neopetismo (maio/2007)