A Câmara paulistana, todos sabem, é um mundo à parte, uma realidade paralela, uma espécie de buraco negro ou triângulo das bermudas (talvez, no caso, um triângulo das gravatas) onde qualquer iniciativa de transparência e seriedade desaparece misteriosamente. Muitos chegam a acreditar que não existe vida inteligente neste folclórico território da política brasileira.
Um dos mais recentes "mistérios" é descobrir porque nenhum dos 54 vereadores - com exceção da própria Soninha Francine (PPS), proponente de uma CPI - considera necessário investigar o presidente eleito e reeleito da Câmara Municipal, Antonio Carlos Rodrigues (PR), diante de uma série de suspeitas e denúncias apresentadas pela imprensa. Reveja aqui.
O pior é que esses mesmos vereadores que não enxergam motivos suficientes para apurar as denúncias contra o presidente da Casa, são aqueles que a partir de terça-feira vão pedir a cabeça de Soninha. Chega a ser risível, de tão ridículo.