Todo mundo sentia cheiro de mentira no ar, mas agora o jornal "O Estado de S. Paulo" resolveu apurar melhor a história e publica em números: a ex-ministra e atual candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, precisaria de quase dois PACs (Programa de Aceleração do Crescimento) dedicados exclusivamente a ela para poder concretizar a promessa de construir 63 quilômetros de metrô na capital até 2014, ano da Copa do Mundo. O PAC destina verbas federais para os projetos prioritários do país.
Em 2008, o governo chegou a reservar R$ 17,9 bilhões de seu Orçamento para os investimentos do PAC, mas ainda não utilizou nem metade disso. A construção de 60 quilômetros de metrô pode custar cerca de R$ 30 bilhões, se considerado o gasto médio na construção do trecho Alto do Ipiranga-Vila Prudente, que está sendo feita pelo governo do Estado. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), estatal dependente da União, financiam a obra desse trecho do metrô paulistano.
Em seis anos, o governo federal - por meio do BNDES ou da CBTU - transferiu menos de R$ 1 bilhão para as obras de metrô na capital paulista, o que representa 30 vezes menos do que Marta precisa para atingir sua meta até 2014.
Apesar do absurdo dos números, Marta e os candidatos a vereador insistem na promessa vazia: 63km de metrô e 300km de corredores de ônibus. Quem dá mais?