Craque em números e numerário, o eterno candidato Paulo Maluf (PP) parece fora do eixo quando o assunto é corrupção. É compreensível. Na sabatina da Folha (leia), errou feio ao citar a adversária Soninha Francine (PPS) como "vereadora há oito anos". Soninha foi eleita em 2004 e está, portanto, no primeiro (e único) mandato. Maluf parece atabalhoado pelo empate técnico com a novata Soninha nas pesquisas de intenção de voto.
O candidato também não explicou porque acusou a Câmara dos Deputados de ser um "balcão de negócios", sem ter coragem de citar nomes e provas concretas - como cobra da vereadora Soninha. Maluf conhece bem o tema, por já ter sido prefeito e obtido maioria na Câmara a base de muita negociação.
Ele também pede que Soninha esclareça qual a vantagem de ter saído do PT e entrado no PPS. A vantagem é essa: é um "superfaturamento" de entusiasmo. Sair do PT que tem e teve o PP malufista como aliado e obter mais votos que Maluf em São Paulo com uma campanha modesta, propositiva, séria, "pobre mas limpinha", e vê-lo descontrolado por ver o malufismo minguar, não tem preço!
Maurício Huertas, secretário de comunicação do PPS e coordenador da campanha de Soninha à Prefeitura de São Paulo