Enquanto distrai os mais ingênuos - ou cooPTados - com suas faixas pintadas no asfalto travestidas de ciclovias (sem critério, sem diálogo, sem bom senso, sem planejamento e, o mais grave, num apanhado de ações improvisadas que não resultam no necessário plano cicloviário integrado aos demais modais de transporte), o prefeito Fernando Haddad segue descaracterizando a cidade e cometendo verdadeiros atentados à inteligência e à qualidade de vida do paulistano.
Após dois anos de contrato do sistema de ônibus vencido e enquanto cancela a licitação de corredores, Haddad promete o anúncio de uma nova concorrência aberta a empresas estrangeiras. Mas, por enquanto, novidade mesmo só essa história de estatizar as garagens.
Ou seja, vai jorrar mais dinheiro público nas mãos dos empresários do setor, que já faturam bilhões - e que uma auditoria externa constatou que entregam um serviço insatisfatório, por incompetência na fiscalização da própria Prefeitura.
De concreto, atá agora, só o aumento da tarifa e uma propaganda enganosa que tenta se apropriar das reivindicações do Movimento Passe Livre sem entregar o que promete. Típico da gestão petista que inventou o "deslizamento de metas".
Outra inovação virá com a futura licitação: Haddad promete aumentar a qualidade do serviço diminuindo a quantidade de ônibus. Contradição à parte, para melhorar a eficiência o prefeito diz que vai cortar 27% da frota - reduzindo dos atuais 15 mil para 11 mil veículos. Vai funcionar? Quem viver, verá.
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