Está nas manchetes de todos os jornais: "PT recebeu US$ 200 milhões em propina". Não se trata de uma acusação isolada, mas a confirmação de um esquema bilionário envolvendo o governo federal, que surge a cada depoimento de cidadãos presos e investigados (só da Petrobras teriam sido desviados pelo menos R$ 88 bi).
A resposta oficial do partido, na voz do presidente nacional e deputado estadual Rui Falcão (PT/SP): é tudo parte de um complô difuso que "flerta com o golpismo", só para estragar a festa de aniversário dos 35 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, que será celebrada neste fim-de-semana.
Meu Deus! Será apenas desfaçatez ou um caso patológico gravíssimo de autismo político? Na versão do PT (que só petista acredita), trata-se de uma grande conspiração que une a mídia, o judiciário e a oposição para prejudicar o partido.
É a mesma reação que tiveram com a "ação penal 470", como eles insistem em chamar o mensalão, sempre negando a existência do esquema, apesar das provas substanciais que levaram o Supremo Tribunal Federal a condenar seus principais operadores (incluindo alguns dos mais destacados dirigentes do PT na época, como Genoíno, Delúbio e Zé Dirceu).
As denúncias que surgem agora com o escândalo da Petrobras, com revelações estarrecedoras e praticamente diárias, apontam para uma corrupção "endêmica e institucionalizada", nas palavras do ex-gerente Pedro Barusco. Parte do dinheiro de subornos e propinas entraria como doações de campanha (registradas legalmente) das empresas envolvidas a partidos e candidatos governistas.
Talvez seja interessante relembrar algumas postagens do Blog do PPS:
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