Alô, prefeito Fernando Haddad! Alô, secretário do Verde e do Meio Ambiente, Ricardo Teixeira! Alô, senhores vereadores!
No dia em que Haddad entrega pessoalmente o projeto do novo Plano Diretor da Cidade na Câmara Municipal de São Paulo, parece oportuno discutir a justa reivindicação dos paulistanos para implantação de um parque público no tradicional bairro da Mooca.
É um caso emblemático: a comunidade está mobilizada pela preservação integral da área verde, enquanto a atual proprietária do terreno pretende construir condomínios de alto padrão no local - e oferece como "compensação ambiental" preservar apenas 30% do terreno para um "parque" a ser administrado pela própria empresa por 20 anos.
Há movimentação de políticos pró e contra: de um lado, o amplo apoio à desapropriação da área por decreto de utilidade pública ou interesse social; do outro, a defesa do direito da construtora São José explorar economicamente o espaço que foi ocupado por mais de 60 anos pela Esso, deixando o solo contaminado por seus tanques de combustíveis.
Trata-se de um terreno em processo de descontaminação há mais de 10 anos, supervisionado pela Cetesb. Segundo o laudo mais recente, é possível a implantação de um parque aberto, mas o terreno segue impróprio para habitação.
Este é o último grande espaço no bairro que pode abrigar um parque público e ajudar a Mooca a reverter o baixíssimo índice de área verde (0,35 m² de área verde por habitante, enquanto a Organização Mundial de Saúde recomenda 12 m²).
Também em função da pouca quantidade de áreas verdes, a Mooca é um dos dez bairros com mais baixo nível de umidade relativa do ar, segundo balanço recente do Centro de Gerenciamento de Emergência da Prefeitura de São Paulo.
Neste sábado, dia 28, aconteceria mais uma manifestação da comunidade em favor do parque: uma caminhada (veja cartaz abaixo), que acabou adiada a pedido dos organizadores. Os 55 vereadores paulistanos também estão sendo convocados para aderir à causa. O PPS apóia a reivindicação!