Com o brasileiro estupefato com a revelação em doses diárias do maior escândalo de corrupção que se tem notícia na História e o PT no centro da crise, o paulistano paga um preço ainda maior (literalmente) pela incompetência e o despreparo da gestão do prefeito Fernando Haddad.
Além do aumento da conta de luz, da gasolina, do aluguel e do supermercado, vem aí o aumento da tarifa de ônibus. Isso depois de tanta polêmica sobre os vinte centavos, há um ano e meio, que deram início à onda de manifestações pelo país.
A Prefeitura segue estagnada, não cumprindo nem metade das metas estabelecidas - e também não prestando contas das promessas. A Câmara Municipal, idem. Enquanto isso, as suspeitas decorrentes da falta de transparência no Executivo e no Legislativo vão se avolumando...
Correm boatos de que o mesmo grupo empresarial que controla o Frigorífico JBS (carnes Friboi) - e que por acaso foi o maior doador da campanha eleitoral de 2014 - está diversificando a sua atuação e já é o favorito para vencer algumas concorrências abertas pelas administrações do PT, como a de iluminação pública na cidade de São Paulo.
As ciclovias são um festival de improviso: de "Prefeito Lukscolor", o garoto-propaganda das tintas, apelido merecido por espalhar pela cidade as faixas brancas dos ônibus e vermelhas das bicicletas sem critério nem planejamento, Haddad virou alvo de nova brincadeira das redes sociais. Agora é o "Prefeito Liquid Paper", após "apagar" ciclovias erradas (e pior, sem admitir o erro).
No setor da moradia, controlado pelo partido do aliado Paulo Maluf, o prefeito "amigo do mercado imobiliário" conseguiu transformar os movimentos sociais em verdadeiras incorporadoras habitacionais.
Após ceder à pressão de invasores profissionais, massa de manobra do próprio PT, Haddad entregou 20% do Programa Minha Casa Minha Vida aos sem-teto.
Explica-se: os movimentos ganham o terreno da Prefeitura, contratam ao bel prazer a empresa que fará a construção das moradias e indicam segundo seus próprios critérios quais famílias irão receber as chaves das casas. (Que beleza!)
É um prato cheio para quem fingia fazer oposição à atual gestão, com ações orquestradas e a cumplicidade criminosa da Prefeitura do PT. Também parece um perigoso precedente, ao ensinar que quanto maior a pressão e a ameaça sobre o governo, maiores as "conquistas" dos movimentos.
Aonde vamos parar com esse descaso pela "coisa pública"?
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