Última sessão com votação em plenário ocorreu no dia 14 de outubro |
A última aprovação, ainda em primeira votação, no dia 14 de outubro, foi do PL 384/2014, de autoria do Executivo, que institui o PPI (Programa de Parcelamento Incentivado).
O PPI, quando aprovado, possibilitará que contribuintes inadimplentes com o município regularizem seus débitos, inclusive aqueles já inscritos em Dívida Ativa. De acordo com o projeto original (sujeito a emendas e substitutivos), impostos devidos como IPTU e ISS, por exemplo, poderão ser parcelados em até 120 parcelas com desconto de 50% sobre juros e multas. Já os munícipes que preferirem efetuar o pagamento em parcela única devem ganhar abatimento de 75%.
Vereador Ricardo Nunes (PMDB) |
Constam ainda da pauta paralisada na Câmara outras propostas polêmicas do Executivo, como a criação de cargos no município (mais?), a alteração da remuneração e do plano de carreira dos servidores, além da concessão de áreas públicas para exploração de estacionamentos particulares e de empreendimentos imobiliários sem necessidade de apreciação pelos vereadores.
A ausência de votações não significa necessariamente a inatividade do Legislativo. Prossegue o trabalho de comissões internas e da CPI da Sabesp, entre outras ações cotidianas, e os escândalos de praxe que garantem a presença diária (extremamente depreciativa) de alguns parlamentares na mídia.
Também os bastidores da Câmara paulistana vivem dias de efervescência. Se não bastasse a repercussão do noticiário e o acirramento da disputa eleitoral recém-encerrada, altamente polarizada, estamos às vésperas da votação do Orçamento (com os vereadores negociando a aprovação das suas emendas) e da escolha da futura Mesa Diretora.
O clima, que já era quente, ferveu de vez com a saída espalhafatosa de Marta Suplicy do governo Dilma, expondo as divisões internas do PT e mexendo diretamente com a rotina do Legislativo. A ex-ministra reassume a vaga do Senado no lugar do suplente, o vereador Antonio Carlos Rodrigues, que é também secretário-geral do Partido da República e principal dirigente nacional do PR desde a prisão do presidente Valdemar Costa Neto, condenado no julgamento do Mensalão.
Antonio Carlos Rodrigues (PR) |
Porém, outros dois cenários parecem mais plausíveis para o futuro de ACR: assumir um ministério na cota do PR no governo Dilma ou até mesmo uma secretaria de peso na gestão do prefeito Fernando Haddad. O fato é que, sob qualquer aspecto, ele volta como protagonista na definição do próximo presidente da Câmara (substituindo o vereador José Américo, do PT, presidente por dois anos e recém-eleito deputado estadual).
No PT, há pelo menos duas candidaturas colocadas informalmente: do líder do governo Arselino Tatto e do presidente do diretório paulistano do partido, Paulo Fiorilo. Correm por fora o líder da bancada Alfredinho e o ex-secretário municipal Antonio Donato.
Além do racha no PT, do possível retorno de Antonio Carlos Rodrigues e da pretensa candidatura de Milton Leite (DEM), outro expoente do Centrão, os vereadores de São Paulo tem nas mãos uma oportunidade única para resgatar a independência do Legislativo - que vive tutelado pelo Executivo. Se repetirem por aqui a movimentação que teve início na Câmara dos Deputados, os partidos da base governista (com apoio da oposição) podem ganhar do PT a presidência da Casa.
Vereador Paulo Frange (PTB) |
Com um eventual presidente do PMDB ou do PTB e a manutenção do PSDB na secretaria-geral da Casa, além da composição com vereadores dos outros partidos com representação na Câmara (PSD, PV, DEM, PR, PROS, PRB, PHS, PCdoB, PP, PSB, PSOL e PPS), é possível eleger uma Mesa Diretora que restaure a credibilidade e a necessária independência entre o Legislativo e o Executivo.
Com a palavra, pelo respeito às instituições democráticas e aos princípios republicanos, os vereadores de São Paulo...
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