(Uau, hein!?!?)
Isso é notícia ou informe publicitário? Parece só mais uma dessas peças de marketing, do tipo "Folha, não dá para não ler".
Assim como no funk nacional, está se praticando uma espécie de "jornalismo ostentação". Ou "shownarlismo", que toma conta do Brasil tanto na chamada "grande imprensa" quanto na "mídia alternativa", quase toda ela lamentavelmente cooPTada.
Antes disso, a Folha já havia estampado outras manchetes auto-elogiosas como 1) "Folha bate recorde de audiência digital"; 2) "Folha foi a primeira publicação a anunciar a vitória de Dilma"; ou 3) "Cobertura eleitoral da Folha é aprovada por 77% dos leitores".
O jornal também tinha se antecipado em justificar que "Resultado das eleições coincidem com pesquisas", isso depois do festival de lambança dos institutos de pesquisa antes do resultado oficial do 1º e do 2º turno (Ibope e Datafolha como carros-chefe), e de ter sido muito criticada por manipular gráficos de intenção de votos e publicar textos panfletários, entre outras análises bastante depreciativas.
As demissões de agora parecem apenas confirmar a crise, apesar dos empenho "shownarlístico" de demonstrar que está tudo bem com a audiência e a credibilidade da Folha e do seu instituto de pesquisa. Porém, o que se vê é uma saraivada de protestos dos leitores contra a postura do jornal (fora a milícia PTbull de praxe, mas isso nem merece consideração).
Em resposta aos leitores que se manifestaram contra a demissão de Fernando Rodrigues e Eliane Cantanhêde, a Folha anunciou que havia reportagem interna do jornal sobre o "encerramento da colaboração dos colunistas". Porém, havia ali apenas uma nota burocrática informando quem são os nomes que passam a ocupar esse espaço nobre. Nada além.
A coluna da ombudsman, tradição de 25 anos (!!!) da Folha, estranhamente "sumiu" neste 9 de novembro. Encontrou-se apenas uma explicação lacônica de que Vera Guimarães Martins "não escreve neste domingo, excepcionalmente".
E, quando o nível de submissão da imprensa ao poder só pode ser comparado à época da ditadura militar, num contexto em que o governo defende o "controle social da mídia" e faz pressão política e econômica ameaçando com o corte de patrocínio estatal aos veículos não-alinhados à sua cartilha, é este o produto final que chega às bancas e à casa do leitor.
Será um sinal do início da "venezuelização" ou da "kirchnerização" no Brasil??? Socorro!!!!!
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