Começa assim a matéria de Bernardo Mello Franco, da Folha de S. Paulo: "A operação da Polícia Militar na cracolândia abriu o primeiro embate público entre os principais pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo no ano da eleição municipal."
E são citados, pela ordem: Fernando Haddad, Gabriel Chalita, Celso Russomanno, Bruno Covas, Andrea Matarazzo (com direito a arte de 1/4 de página, todos com foto), e no texto ainda José Aníbal, Ricardo Trípoli e Guilherme Afif.
Ou seja, foram citados oito pré-candidatos. Seriam eles os "principais"? Na opinião de quem? Da Folha? Por que?
Onde foram parar Netinho de Paula e Soninha Francine, que, segundo o próprio Datafolha, ocupam respectivamente a segunda e a terceira colocação na preferência do eleitorado paulistano (atrás apenas de Russomanno)?
Outra vez a Folha omite indevidamente o nome de Soninha quando resolve subjetivamente tratar dos principais pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo.
Pretendem o que? Insinuar que Soninha é "café-com-leite" na disputa? Que a candidatura do PPS não é pra ser levada a sério? Ou que ela pode estragar a polarização PT x PSDB que a Folha gosta tanto de incensar?
Não vamos nem entrar no mérito da política, mas respeitem ao menos o (e)leitor, que coloca a pré-candidata do PPS com cerca de 10% de votos, em todos os cenários apresentados tanto pelo Datafolha quanto pelo Ibope.
Será apenas coincidência essa omissão do nome de Soninha? Mas outra vez, envolvendo as mesmas pessoas?
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