O prefeito Gilberto Kassab enfrenta uma espécie de inferno astral extemporâneo. Essa maré de azar nem pode ser atribuída aos 30 dias que antecedem o aniversário, pois ele é leonino de 12 de agosto.
Mas a sucessão de acontecimentos que vem desgastando a boa imagem que o prefeito cultivava junto ao cidadão paulistano não encontra outra explicação. Na semana passada, choveu num só dia o que não chovia há décadas no mês de setembro. O que seria um simples acidente de percurso virou uma tragédia midiática.
Se não bastasse São Pedro (a quem popularmente é atribuído o poder de fazer chover) ter passado à oposição kassabista, o dilúvio ocorreu na mesma semana em que foi anunciado um corte nas verbas destinadas à limpeza pública na cidade de São Paulo.
Como uma fatalidade nunca chega sozinha, o prefeito enfrentou o falecimento do pai, o médico Pedro Salomão José Kassab, e hoje volta aos jornais com outra notícia negativa bombástica: está reduzindo o número de refeições nas creches.
Ou seja, era o que faltava para o exagero oportunista dos urubus da oposição: Kassab deixa a cidade suja e tira comida da boca de criança. Não é o fato exato, mas na política o que prevalece é a versão. Hora de abrir o olho, prefeito.