terça-feira, 15 de setembro de 2009

Lula, filho de gePTo, vai passar a mão na Poupança

Pra começar, é balela o argumento de que só serão atingidas as grandes Poupanças, ou, como quer demonstrar o governo para fazer média pré-eleitoral com o povão: Lula vai tributar apenas a Poupança dos mais ricos. Mentira!

Essa desculpa lulista não cola por vários motivos. Primeiro, rico não poupa. Rico gasta. Quem tem R$ 50 mil guardados na Poupança está longe de ser rico. É no máximo um classe média precavido. Um pobre coitado, que já dançou na era Collor, durante o confisco da Poupança, perdeu dinheiro nos sucessivos planos econômicos (Cruzado, Bresser, Verão, Collor etc.) e agora está com a Poupança exposta na janela para o Lula vir passar a mão nela.

Lula mentiu! Ficou estressadíssimo quando o PPS foi à TV dizer que a Poupança seria tributada. Negou, desmentiu, esperneou. E agora?

Eis a notícia do dia:

O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta terça-feira que a alíquota do Imposto de Renda sobre o rendimento de poupanças com mais de R$ 50 mil será de 22,5%.

O ministro frisou, porém, que a alíquota só incide sobre o rendimento do que ultrapassar esse limite. Por exemplo: quem tem R$ 60 mil na poupança, pagará o IR sobre o rendimento dos R$ 10 mil que excedem o limite de R$ 50 mil.

O ministro disse ainda que o governo não mudará a tributação dos fundos de investimentos neste ano, como foi cogitado. Segundo Mantega, não houve a migração de recursos dos fundos para a poupança como se imaginava com a queda da Selic.

"Não há necessidade porque o mercado ficou bastante estável. Não há necessidade de se diminuir o tributo neste ano", completou.

Mantega voltou a dizer que o projeto que taxa a poupança deverá ser enviado para o Congresso Nacional ainda nesta semana.

Projeto

A cobrança do Imposto de Renda sobre os rendimentos foi anunciada em maio deste ano, mas até agora o texto não chegou ao Congresso. A ideia do governo era iniciar a cobrança já em janeiro de 2010, mas, para isso, depende de aprovação do legislativo.

A tributação dependerá da taxa básica de juros em vigor no momento: quanto menor a taxa, menor o redutor do imposto.

A cobrança foi a maneira encontrada pelo governo para enfrentar o problema criado com a queda nas taxas de juros. Como a caderneta rende 6,17% ao ano, com juros definidos em lei, a redução na taxa Selic faz com que as outras aplicações passem a render menos do que a caderneta, o que estimula a saída de dinheiro de fundos de investimento para a poupança.

Cálculo

Em primeiro lugar, o governo só vai tributar o rendimento fixo de 0,5% ao mês da poupança. O rendimento correspondente à TR (que hoje é de 0,03% ao mês - em índice arredondado) continuará isento.

Sobre o valor de 0,5% será deduzido o valor de R$ 250. Com essa dedução, só há cobrança sobre os valores que ultrapassam R$ 50 mil.

Após isso, será aplicado um redutor que varia de 0% a 100% de acordo com o nível da taxa Selic sobre o valor restante.

Exemplo

De acordo com o Ministério da Fazenda, no caso de um depósito de R$ 200 mil e uma taxa Selic de 9% ao ano, o rendimento de 0,5% equivale a R$ 1.000. Aplicado o redutor de R$ 250, chega-se a R$ 750. A Selic de 9% permite aplicar um redutor de 70%. Com isso, a tributação se dará sobre o valor de R$ 225,00.