É conhecido o peso decisivo do maior colégio eleitoral do país na eleição presidencial. Mas, sobretudo em 2014, com o crescente esfacelamento do projeto petista de poder e o surgimento de uma candidatura oposicionista consistente e capacitada a partir de uma dissidência do governo federal, São Paulo tem que acertar o passo e liderar a era “pós-PT”.
A unidade em torno do projeto nacional – e aqui citamos nominalmente: o avanço e a esperança que significa a coligação entre Eduardo Campos e Marina Silva – deve estar acima dos interesses locais, partidários e pessoais.
Não há margem para erros ou improvisações. Tirar o PT da Presidência da República passa necessariamente por termos uma candidatura viável, consolidada e vitoriosa ao Governo do Estado.
Em 2010, o eleitor paulista teve no candidato ao Governo Fabio Feldmann uma opção qualificadíssima, que refletia o “novo” representado por Marina, com todas as características desejáveis da Nova Política e da Sustentabilidade.
Porém, avaliando os números daquela eleição, constatamos que enquanto Marina obteve expressivos 20,77% do voto paulista, Feldman ficou com apenas 4,13%. Ao mesmo tempo, o presidenciável tucano José Serra teve 40,66% em São Paulo, enquanto o governador Geraldo Alckmin foi eleito com 50,63%.
Carlos Fernandes é presidente municipal do PPS de São Paulo e foi subprefeito da Lapa (2010/2011)