terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

PPS se integra ao PSB e à Rede em Plano de Governo

A partir desta terça-feira, 4 de fevereiro, o PPS passa a integrar oficialmente a coligação com o PSB e a Rede Sustentabilidade para a formulação do Plano de Governo de Eduardo Campos e Marina Silva com vistas à eleição presidencial de 2014.

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, ao lado de parlamentares e dirigentes do partido, recebeu em mãos, entregue por Eduardo e Marina, o documento contendo as diretrizes iniciais que vão compor o programa da aliança.

No encontro, o governador pernambucano lembrou que o PCB/PPS e o PSB já travaram muitas lutas juntos no passado e afirmou que os dois partidos sempre tiveram muita proximidade. Segundo Eduardo Campos, as ideias do documento estão colocadas em debate, que será fundamentado em três pontos principais: preservar as conquistas, melhorar a democracia e retomar o desenvolvimento sustentável, já que, na sua avaliação, o país está paralisado. “Nossa dinâmica econômica está muito menor do que a do mundo”.

Mudança

O presidenciável Eduardo Campos voltou a condenar o modelo de desenvolvimento econômico do governo do PT, falou sobre o esgotamento, a concentração de renda e a existência de “indicadores preocupantes”. Segundo o governador, a união do PSB com o PPS significa o “realinhamento do campo progressista”. Ao se referir ao governo petista, declarou: “O que está aí não vai legar nada de bom para o país; se eu estivesse convencido de que a continuidade era boa para o país estaríamos caminhando juntos (com o PT)”.

O governador afirmou ainda que sabia que iria se somar ao PPS na sua jornada rumo ao Palácio do Planalto, “ajudando a encontrar o caminho” do que é possível empreender para melhorar a vida dos brasileiros. “Estamos confiantes de que o Brasil não vai querer a reeleição, por mais que eles (os petistas e seus aliados) tenham tempo de televisão (na campanha) e poder”. Campos deixou claro também que espera compartilhar com o PPS não só o programa de governo, mas as alianças nos estados.

A ex-senadora Marina Silva ressaltou que o país vive um “atraso na política governamental” e disse que é preciso buscar conquistas possíveis. Ela defendeu a aliança programática da pré-candidatura de Eduardo Campos e condenou as composições políticas baseadas na “oferta de pedaços do Estado”.

Melhor alternativa

“Tínhamos uma ideia na origem e estamos reencontrando essa ideia de tentar mudar o Brasil”, disse o deputado Roberto Freire ao receber o documento das mãos de Eduardo Campos, referindo-se à aposta que um dia o PPS fez no governo do PT. O partido rompeu com a administração Lula em 2004. Segundo Freire, o que levou o PPS a buscar a aliança com Campos foi a premência de viabilizar uma alternativa para o Brasil.

Segundo o presidente do PPS, o país enfrenta estrangulamentos, e é necessário “tomar outra direção”. Na avaliação de Freire, a eleição presidencial de 2014 “será presidida pelo princípio da mudança”. Ele ressalvou, porém, que não basta o novo pelo novo, e citou o caso da prefeitura de São Paulo como exemplo de mudança para pior. “A liderança de Eduardo Campos demonstra que essa aliança busca uma mudança com responsabilidade”.

Freire disse ainda que Eduardo e Marina são “muito bem-vindos e que o PPS vai ajudar no programa de governo por meio da Fundação Astrojildo Pereira, dirigida pelo vereador Raul Jungmann, de Recife. “A mudança concreta aqui se inicia”, afirmou ao final do encontro.

Participaram do encontro, entre outros, os deputados federais do PPS Arnaldo Jardim (SP), Rubens Bueno (PR), Stepan Nercessian (RJ) e Carmen Zanotto (SC). Também estavam presentes a deputada distrital e pré-candidata ao governo do Distrito Federal, Eliana Pedrosa; o vice-prefeito de Manaus e pré-candidato ao governo do Amazonas, Hissa Abrahão; o deputado estadual e secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo, Davi Zaia; o tesoureiro do partido e secretário de Pesca de Alagoas, Regis Cavalcante; e o presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes.

São Paulo

O presidente do PPS paulista, secretário de Gestão Pública de São Paulo e deputado estadual Davi Zaia considerou “muito importante” a entrada do PPS na elaboração do programa de governo da candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

“Foi um momento importante o recebimento dessas diretrizes, o que vai permitir ao PPS participar ativamente da elaboração do programa de governo da coligação apresentando contribuições e sugestões”, disse Zaia.

Ele ponderou, no entanto, que a definição das diretrizes que irão nortear o programa precisam ser  “claras” e bem definidas para que no debate eleitoral apontem caminhos alternativos ao país.

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