O jornal "O Estado de S. Paulo" destaca hoje, com mais de duas semanas de atraso, a aprovação na Câmara Municipal de São Paulo, em segunda e definitiva votação, do projeto de lei que obriga a instalação de bebedouros nas casas noturnas e bares de São Paulo.
De autoria da vereadora Soninha Francine (PPS), em conjunto com Paulo Teixeira (PT), ex-vereador e hoje deputado federal, é uma medida de saúde pública e também faz parte da política de "redução de danos" aos usuários de drogas.
Ao obrigar a instalação de bebedouros de água potável gratuita nas danceterias e casas noturnas, o raciocínio é simples, mas eficaz: um copo de água mineral em uma danceteria custa tanto quanto uma lata de cerveja. Entre um e outro, o jovem vai preferir gastar seu dinheiro com a bebida alcoólica.
É também uma iniciativa que pode ajudar a diminuir os casos de overdose de drogas, como o ecstasy, cujo consumo é geralmente associado ao de bebidas. Em muitos países da Europa já é obrigatória a instalação de bebedouros em casas noturnas como tentativa de reduzir danos à saúde.
Estudos médicos comprovam que, quando se usa qualquer tipo de droga estimulante, a temperatura corporal aumenta e, num ambiente quente como o das danceterias, cresce ainda mais o risco de um ataque cardíaco, que pode ser fruto de desidratação causada pelo consumo de drogas.
Portanto, não bastam as necessárias medidas de repressão e punição à comercialização e ao consumo de drogas. Além de ser um caso de polícia, a questão das drogas deve ser encarada como prioridade também da área da saúde pública.
Clique abaixo na matéria do Estadão para ampliar e ler na íntegra:
Leia aqui a justificativa de Soninha Francine ao projeto de lei.