A Prefeitura de São Paulo mente descaradamente na propaganda de TV sobre a tarifa de ônibus na cidade. Aliás, presta um desserviço não só por mentir, mas também por omitir o tema principal: na prática, há uma negação do aumento de 17%. (Freud explica?)
A peça publicitária oficial nem menciona o reajuste de R$ 3 para R$ 3,50 - que é tratado de forma enviesada, como se fosse uma medida em benefício da população.
Primeiro, Haddad se apropria indevidamente do termo "passe livre" - que está de volta às ruas com o movimento homônimo que ficou conhecido nos protestos de junho de 2013, marcado pelo mote "Não é só pelos 20 centavos".
Pois se não era por R$ 0,20 agora é por R$ 0,50 e mais uma dose extra de mentiras - na escola da propaganda nazista de Joseph Goebbels e de seus discípulos do PT, marqueteiros e políticos que colocaram em prática o lema "vale fazer o diabo" para iludir o povo e ganhar eleições.
"A Prefeitura de São Paulo aprovou o passe livre para os alunos do Ensino Fundamental e Médio da rede pública, estudantes de universidades públicas e privadas, beneficiários de programas sociais", afirma o garoto-propaganda da Prefeitura, alter-ego de Haddad. "Os demais estudantes continuam pagando meia."
Está aí a primeira meia-verdade da propaganda, porque #PasseLivre (ou #TarifaZero) é uma reivindicação PARA TODOS os usuários do transporte público, não uma vantagem exclusiva dos beneficiários cooPTáveis dos programas assistenciais do governo.
A Prefeitura também omite que estabeleceu um limite de 48 viagens por mês para os estudantes. Então, que raios de "passe livre" capenga é esse?
"O Bilhete Único mensal, semanal e diário não teve reajuste. Você usa quantas vezes quiser, pelo período contratado", prossegue a locução, omitindo tanto a restrição citada acima quanto a informação principal mais óbvia: houve reajuste na tarifa de ônibus de São Paulo, cidadão! (Lê-se nas entrelinhas: Estamos tentando fazer você de otário!)
Mas a maior mentira vem na última afirmação da propaganda: "Quanto mais você usa, menos você paga". Não é verdade, prefeito Haddad. Não é verdade, secretário Jilmar Tatto. E vocês sabem disso!
O preço do Bilhete Único é - com o perdão da redundância - ÚNICO. Então, tanto faz se o usuário fizer duas viagens ou quarenta por mês, o preço será o mesmo.
Proporcionalmente, pode até ser vantajoso usar mais vezes o Bilhete Único, mas o cidadão terá pago o mesmo valor pelo período. Ou seja, o usuário não desembolsa menos se usar mais. Paga tanto quanto qualquer outro. Então, a Prefeitura está mentindo. Simples assim.
Não é pouca coisa para um prefeito que, na campanha eleitoral de 2012, derrubou o seu principal adversário (Celso Russomanno, do PRB) exatamente com uma "pegadinha" sobre quem pagaria mais ou menos usando a tarifa proporcional, uma proposta mal explicada do oponente.
A diferença é que, naquela oportunidade, Russomanno tinha muito menos tempo no horário eleitoral gratuito da TV para responder à campanha negativa protagonizada pelo PT.
Agora, Haddad vem com essa mentira deslavada sobre o mesmo assunto, reciclando os mesmíssimos argumentos da campanha de 2012, mas dessa vez de modo favorável à sua gestão. Ô ruinddad, sô!
Haddad promete de tudo, sempre ao gosto do freguês; mas entrega fica para 2017, quando prefeito será outro!
IRBEM? Ah, vá! Haddad vai de MAL a PIOR, isso sim!
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