Kassab é especialista em atrair parlamentares para a base |
Todos os movimentos são estratégicos para a eleição de 2016: com baixa popularidade e um governo medíocre, Haddad se aproxima de figuras como Gabriel Chalita (PMDB), nomeado secretário da Educação e cotado para vice-prefeito daqui a dois anos, e Gilberto Kassab (PSD), ministro das Cidades e novo queridinho do PT com seu pragmatismo situacionista, na esperança de dar um gás à gestão "ruinddad".
O prefeito também atende, enfim, a mais antiga e recorrente reivindicação de vereadores e partidos da base, promovendo o tradicional loteamento da máquina e entregando na bacia das almas secretarias, subprefeituras e cargos de confiança no governo.
Quintas, Cabrabom e Camilo tomaram posse em 6 de janeiro |
Em 1º de fevereiro, data do término do recesso e também da posse dos deputados federais eleitos, Antonio Goulart (PSD) - ele próprio cotado para ser secretário de Haddad - deve renunciar à vereança e, assim como o tucano Floriano Pesaro, assumir sua cadeira na Câmara dos Deputados. No lugar de Goulart será efetivado o atual suplente Anibal de Freitas, tucano que foi eleito em 2012 na chapa composta por PSDB, PSD, DEM e PR.
Wadih Mutran está de volta |
Em 15 de março será a vez dos novos deputados estaduais assumirem seus cargos na Assembleia Legislativa. Assim, na véspera, devem deixar a Câmara Municipal os vereadores Coronel Camilo (PSD), José Américo (PT), Coronel Telhada (PSDB), Marta Costa (PSD) e Roberto Trípoli (PV).
Marco Aurélio Cunha é cotado |
Porém, alguns deles são cotados para compor a administração Haddad: fala-se em Marco Aurélio Cunha para assumir a empresa São Paulo Turismo e Netinho de Paula para retornar à Secretaria da Igualdade Racial. No lugar deles assumiriam Ushitaro Kamia (PSD) - pois o próximo da lista, Rogério Farhat (PR), faleceu no mês passado - e Jamil Murad (PCdoB), dois veteranos da política.
Outros nomes dados como certos para assumir como secretários de Haddad são Nabil Bonduki (PT) na Cultura e um vereador do PMDB (Rubens Calvo ou Ricardo Nunes) na Segurança Urbana. Na fila de suplentes aparecem Alessandro Guedes (PT) e Luiza Nagib Eluf (que migrou para o PRP e por isso pode ter a vaga questionada na Justiça) ou o suplente seguinte da coligação entre PMDB, PSL, PSC e PTC em 2012, o pastor e ex-deputado Lelis Trajano (PSL).
Outros vereadores da base governista ainda almejam virar secretários. Seja como for, Haddad seguirá tendo maioria esmagadora nas votações em plenário e nas comissões internas da Câmara. A oposição não vai ter vida fácil até a sucessão do prefeito Haddad, em 2016. Porém, a última palavra, como sempre, será do eleitor paulistano - que não costuma reeleger seus prefeitos (Amém!).
Petistas à beira de um ataque de nervos...
O desabafo de Marta Suplicy e o fim-de-feira do PT
PPS lança manifesto: "São Paulo, a cidade pós-Haddad"