Tudo indica que o candidato João Doria (PSDB) chegará em primeiro lugar tanto no 1º quanto no 2º turno das eleições paulistanas. Depois de muita disputa e intriga entre os tucanos, o nome escolhido pelo governador Geraldo Alckmin parece ter convencido a maioria do eleitorado com o seu perfil anti-petista e anti-político.
Na disputa pelo 2º lugar seguem Russomanno (PRB), Marta (PMDB) e Haddad (PT). O resto - com todo o respeito a Erundina (PSOL), Ricardo Young (Rede) e outros nanicos - faz mera figuração. Os ataques se acirraram bastante nos últimos dias. Quem tiver o maior poder de fogo contra o adversário e consequentemente a melhor defesa sob o bombardeio inimigo, chegará lá.
A semana começa com a queda acentuada de Marta nas pesquisas, o que significa que o fogo cerrado de Haddad, Erundina e Russomanno contra ela tem funcionado. A princípio, só Haddad tem crescido, agora que resolveu reassumir o petismo (vestindo vermelho e grudando na imagem de Lula e Suplicy). Resta saber se esse movimento do piso ao teto do PT vai levá-lo ao 2º turno. Para tal proeza, Russomanno e Marta precisam cair mais (uns cinco pontos cada um). Não é impossível.
Dá até pra arriscar uma aposta: seja quem for o seu adversário no 2º turno, João Doria será o próximo prefeito de São Paulo. Com todos os fatores que se somam neste caleidoscópio da política paulistana, parece que esse destino está traçado. Com isso, a corrida presidencial também já começa com um favorito: Geraldo Alckmin larga bem à frente dos adversários internos no PSDB para compor com Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Michel Temer (PMDB) o provável quadro eleitoral de 2018.