Alguns programas esportivos e uns poucos jornalistas mais politizados 
protestam contra o presidente da CBF, José Maria Marin, 
enquanto a Câmara Municipal de São Paulo faz lambança e, em vez de exigir a 
presença dele como convocado que foi para a Comissão da Verdade, recebe 
Marin como convidado de honra para uma esdrúxula e descabida 
homenagem aos velhinhos da Fifa.
Veja o absurdo: Marin diz que "não tem agenda" para atender 
a Comissão da Verdade e prestar esclarecimentos sobre o seu suposto envolvimento 
na tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog na ditadura, 
mas é recebido no mesmo dia com pompa pelos vereadores paulistanos e por 
parte da cúpula petista - que viu na (des)organização e no (super)faturamento 
das obras da Copa um filão inestimável.
Capitaneada pela bancada do PT, a Câmara promoveu uma bajulação daquelas que 
causam "vergonha alheia": aprovou a entrega de um Título de Cidadão 
Paulistano ao presidente da FIFA, Joseph Blatter, entregue 
nesta segunda-feira ao secretário-geral da entidade, Jerome 
Valcke (aquele que prometeu dar um "chute no traseiro" dos 
brasileiros), com a ilustre presença de José Maria Marin 
na mesa de autoridades.
É preciso dizer algo mais? 
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