O cidadão paulistano está apreensivo: qualquer terreno é passível de ser invadido. Na Mooca, uma área nobre encravada entre as ruas Barão de Monte Santo, Dianópolis, Domingos da Fonseca e Vitoantonio Del Vecchio já está na lista de futuras ocupações do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).
Trata-se de uma das raríssimas áreas livres da região, motivo de conflito de vários interesses para sua destinação: Parque para preservação ambiental? Empreendimento imobiliário de alto padrão? Habitação popular? Um misto de tudo isso? Cadê a Prefeitura que não se mexe para atender a reivindicação da maioria? O silêncio é criminoso.
Matéria do repórter Diego Zanchetta sobre as ocupações, no Estado de S. Paulo da semana passada, afirma que os sem-teto já buscam a adesão de famílias para invadir o terreno de quase 100 mil m² na Mooca, que no passado pertenceu à Esso, teve o solo e as águas subterrâneas contaminadas, e há pelo menos uma década é reivindicado pela totalidade da população local para a implantação de um parque (mapa ao lado), próximo do Clube Juventus.
Apesar do apoio declarado do prefeito, de políticos do PT e do secretário do Verde e do Meio Ambiente à intervenção ambiental no Parque da Mooca (região com o pior índice de verde por habitante na cidade), a resposta oficial da Prefeitura é sempre a mesma, para este e para outros parques: falta verba, seja para comprar o terreno, seja para a sua implantação. Aliás, a falta de dinheiro é a desculpa padronizada da gestão petista para tudo o que é incapaz de realizar. Ou seja, tudo mesmo. Não faz nada.
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