O Voto Consciente, que teve seu papel histórico mas hoje funciona como uma confraria, divulgou mais uma lista avaliando os vereadores de São Paulo, com notas por presença em plenário e nas comissões internas e pela quantidade/qualidade de projetos aprovados.
O líder do PPS, vereador Claudio Fonseca, criticou os critérios desta avaliação, tanto em 2012 quanto em 2011.
O Blog do PPS também já havia se manifestado sobre o assunto. Releia abaixo trechos do texto publicado originalmente em 31/3/2011:
A situação da política - e sobretudo do Legislativo paulistano, com seu histórico recente de escândalos e desmandos - é tão crítica (já faz parte do senso comum falar mal dos políticos) que até uma boa iniciativa da sociedade civil, que poderia contribuir para mais transparência e eficiência na atuação dos representantes do povo, acaba se contaminando pela subjetividade e por interesses inexplicáveis.
Pois vejamos: o Movimento Voto Consciente acaba de divulgar, como já fez em outras oportunidades, uma avaliação do trabalho da Câmara Municipal de São Paulo. Para tanto, atribui notas a todos os vereadores, seguindo critérios um tanto quanto nebulosos, com pesos diferentes: avaliação dos projetos de lei (peso 4), frequência nas comissões (peso 1), presença em votações nominais (peso 2) e coerência / adequação dos projetos de lei (peso 2).
Compõe o Voto Consciente um animado grupo de senhorinhas e uns poucos senhores com tempo disponível para passar algumas tardes na Câmara Municipal e, entre um café e um rapapé (como adoram ser bajuladas nas comissões que acompanham, essas senhorinhas!), brincam de dar nota para o trabalho dos vereadores, como se estivessem num concurso de miss ou num desfile de cães de raça.
Ora, mas o que há de errado na avaliação do Voto Consciente?
Reclamamos porque os critérios de avaliação são subjetivos, nebulosos, frágeis, contraditórios, fantasiosos. Quem dá as notas? Quem define o que é coerente ou não é? Quem decide se um projeto de lei é relevante ou não é para a cidade de São Paulo?
Essa votação é piada. Não existem critérios justificáveis. Não se explicam os interesses em jogo. Não se sustentam os argumentos e as notas das senhorinhas do Movimento Voto Consciente. Lamentavelmente, parte da imprensa se pauta nesta votação subjetiva e apelativa para fazer matérias sobre a política paulistana, contaminando e manipulando a opinião do eleitor. Triste. Muito triste.