Se não bastasse o pré-sal eleitoreiro, a turma de Lula, Dilma & cia., que se apoderou do Brasil, inventou agora uma espécie de pós-açúcar.
O governo decidiu "adoçar" a vida dos veteranos das cinco Copas conquistadas pelo Brasil no futebol.
Paulo Maluf fez isso em 1970, deu um Fusca para cada campeão, com dinheiro público, e foi inicialmente condenado (e duas décadas depois, absolvido) pela Justiça.
Mas Lula é um Maluf muito mais evoluído. Um estadista. Para os craques de 1958, que serão contemplados inicialmente pela medida populista (ou seria "popululista"?), o valor proposto é de R$ 465 mil de indenização, mais R$ 4.650 de aposentadoria.
Teve gente que se surpreendeu quando o próprio Maluf declarou ironicamente, na campanha eleitoral de 2008, que "Lula está mais malufista que eu!". Alguém imaginaria um palanque com Lula, Maluf, Collor e Sarney? Pois assistiremos esta cena em 2010. Sinal dos tempos.
O benefício se estenderá, posteriormente, a quem atuou nos Mundiais de 1962, 1970, 1994 e 2002. Pela proposta de Lula, o valor negociado para cada um é de mil salários mínimos, no caso da indenização (pelos valores atuais, R$ 465 mil), e de dez salários mínimos (R$ 4.650), o teto da Previdência, para a aposentadoria.
Não será no mínimo questionável essa medida de fazer caridade com o chapéu alheio?
Porque os veteranos do futebol têm mais méritos que os velhos professores, velhos bombeiros, velhos operários ou velhas donas-de-casa?
Quem diria que o malufismo pareceria brincadeira de criança perto do novo popululismo?