Como nunca antes na história deste país, ou pelo menos nestes últimos 30 anos de redemocratização, o conservadorismo ideológico mostra a sua cara, vai para as redes e para as ruas, e sobe o tom de voz. Estão cada vez mais desinibidos e confiantes.
O estrago cometido pelos governos petistas, eleitos como "a esperança que venceu o medo" (antes do estelionato) e que fizeram chegar ao poder toda uma geração oriunda dos movimentos de esquerda, será sentido a partir das eleições de 2016.
Outro com figurino à direita, que ensaia se lançar candidato pelo PSDB a prefeito, é o jornalista e empresário João Dória Júnior, fundador e presidente do LIDE (Grupo de Líderes Empresariais) e criador do "movimento cívico" Cansei!, em 2007, uma espécie de pai ou guru de todos os atuais movimentos de cidadãos indignados que vem surgindo desde as manifestações de 2013.
No PSDB, disputam internamente com João Dória nomes como o de Andrea Matarazzo, vereador e "conde" da tradicional família paulistana; o deputado estadual Coronel Telhada, com fama de linha-dura da ROTA; e Alexandre de Moraes, secretário de Segurança do governo Alckmin e ainda filiado ao PMDB (legenda que segue coligada ao PT mas que conta sempre com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, como alternativa de candidatura).
O que sobrará de opção à esquerda, em São Paulo? As tradicionais candidaturas do PSOL, PCO e PSTU, ou a ex-prefeita e ex-petista Marta Suplicy, possivelmente pelo PSB (ou até PMDB).
Restará também aguardar a movimentação de PPS, PV e Rede Sustentabilidade, que podem ter peso decisivo para uma alternativa democrática e progressista para o "pós-PT".