Artigo de Carlos Fernandes (PPS/SP) |
Há uma lista infindável de promessas eleitoreiras abandonadas, metas não cumpridas, seja porque eram invenções e mentiras do marketing político, seja por inoperância ou incapacidade da turma petista e de aliados que se apoderaram da administração, secretarias, autarquias e subprefeituras.
A fragilidade da gestão provoca um fenômeno curioso: além de enfrentar problemas diários para controlar a base governista na Câmara, gerando descontentamento entre os partidos aliados, Haddad vê surgir uma trinca poderosa de candidatos de oposição: já manifestam o desejo de concorrer em 2016, Celso Russomanno (PRB), Andrea Matarazzo (PSDB) e até a ex-prefeita Marta Suplicy, prestes a trocar o PT pelo PSB.
A população percebe a ruindade da Prefeitura no dia-a-dia: ônibus lotados, ruas esburacadas, calçadas inexistentes, praças mal cuidadas, falta de vaga nas creches, atendimento de saúde precário, educação que deixa a desejar. Não há um único serviço municipal que atenda as expectativas dos cidadãos.
Para piorar, teremos um biênio (2015/2016) de crise econômica, baixo crescimento, inflação disparada e ameaça de desemprego, com o governo federal enfraquecido e uma presidente sem autoridade para gerir o país. O PT, longe de uma solução sensata, acentua a polarização eleitoral, a divisão da população e o acirramento do ódio e do preconceito para se manter no poder.
O que nós podemos fazer, aqui do nosso lado, é aproveitar o entusiasmo das multidões que se manifestam nas redes e nas ruas para exigir as mudanças necessárias: uma prática política diferente, com ética, transparência e respeito às instituições democráticas e aos princípios republicanos.
Vamos reunir partidos, lideranças políticas e comunitárias para debater a cidade pós-Haddad. Vamos aglutinar todas as forças da sociedade no combate ao desgoverno e ao aparelhamento típicos do PT, que será escorraçado democraticamente pelo voto da ampla maioria do eleitorado de São Paulo em 2016 - ano que, na prática, já começou.
Carlos Fernandes é presidente do PPS paulistano e foi subprefeito da Lapa.