O #ProgramaDiferente desta semana retrata os tempos da ditadura, tanto no Brasil quanto na Argentina, e mostra como dois escritores premiados, de diferentes gerações, misturando ficção e realidade, traduzem em suas obras as cicatrizes destes Anos de Chumbo. Assista.
O bate-papo, conduzido pelo jornalista e poeta Heitor Ferraz Mello, faz parte do evento Pauliceia Literária e traz os olhares sensíveis de Bernardo Kucinski (cuja irmã está entre os desaparecidos do regime de exceção brasileiro) e de Julián Fuks (que aborda o tema recorrente das crianças que, nascidas no cativeiro, cresceram em famílias adotivas).
Romancista, jornalista e mestre em teoria literária pela USP, Julián Miguel Barbero Fuks é filho de argentinos refugiados no Brasil. Ganhador do Prêmio Jabuti de 2016 com o livro "A Resistência", revela os traumas da ditadura argentina dos anos 70 a partir de um drama pessoal: seu irmão adotado pela família de militantes políticos.
Um dos nomes mais importantes da imprensa no Brasil, o jornalista e cientista político Bernando Kucinski iniciou sua trajetória no movimento estudantil e ajudou a mapear a tortura também motivado por uma tragédia familiar. Escritor de contos, estreou como romancista com mais de 70 anos de idade, com o livro "K. - Relato de uma Busca", obra de ficção que é baseada na sua própria história.