sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

"Eu quero que ligue agora para o Greenhalgh", gritava Juliana Cardoso para a assessoria petista. É o eterno "nós" x "eles" dos atos pró e contra o PT



Aos berros, a vereadora Juliana Cardoso (PT) ordenava que sua assessoria chamasse o advogado petista Luiz Eduardo Greenhalgh. A intenção é criar um fato político a partir do que ela acusa ter sido uma invasão do gabinete da Liderança do PT por membros do MBL (Movimento Brasil Livre) e assessores do vereador Fernando Holiday (DEM).

Minutos antes, a vereadora havia entrado no plenário descontrolada e partiu para cima do mais jovem vereador paulistano. Foi contida por colegas, após xingamentos, empurrões e tomada de satisfação com direito a dedo na cara (veja aqui), enquanto exigia que o presidente Milton Leite (DEM) suspendesse a sessão que discutia o projeto de lei que visa instituir multa para os pichadores na cidade de São Paulo.


Ato contínuo, Juliana seguiu para o gabinete de Holiday, acompanhada de outros vereadores (incluindo o corregedor Souza Santos e o vice-presidente Eduardo Tuma), invadindo adentrando o gabinete do parlamentar do DEM (sem a presença do próprio) na tentativa de reconhecer e denunciar os "provocadores do MBL".

É o eterno "nós" x "eles": não por acaso, a briga entre os assessores da vereadora Juliana Cardoso (PT) e do vereador Fernando Holiday (DEM), que causou todo esse tumulto nesta sexta-feira excepcionalmente movimentada na  Câmara de São Paulo, começou após visita do senador Lindberg Farias (PT).

Escrachado pela turma do MBL, o senador foi defendido pelos petistas com o indefectível "Fora Temer". O bate-boca aconteceu na porta e prosseguiu nos corredores da Câmara. Foi o que bastou para a vereadora Juliana acusar assessores de Holiday de invadirem uma reunião fechada na Liderança do PT para gravar imagens e provocar a militância petista.

Minoritária e sem discurso, a bancada do PT tentou criar um fato político para conseguir a suspensão da sessão plenária, que conta com ampla maioria governista. No ocaso do PT, vale tudo para tentar resgatar a auto-estima do velho partido. Vamos acompanhar o desenrolar do embate...