O PPS promoveu nesta quinta-feira, 12 de abril, o encontro“Emprego e Renda, Desenvolvimento Social e Cooperativismo”, com apresentações do secretário estadual de Gestão Pública Davi Zaia, do dirigente sindical Chiquinho Pereira, do vereador Claudio Fonseca e do representante brasileiro da Aliança Cooperativa Internacional, Américo Utumi.
Ex-presidente da OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo) e ex-vice-presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Américo Utumi fez uma ampla exposição sobre o cooperativismo no Brasil e no mundo, suas origens, vantagens e problemas.
“As cooperativas são o antídoto contra a crise econômica mundial, visto que nelas não há o apelo pelo lucro como no sistema capitalista”, afirma o vereador Claudio Fonseca, presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo na cidade de São Paulo. “Nelas, os ganhos são divididos igualmente entre as pessoas e com isso faz-se um desenvolvimento sustentável levando felicidade para as pessoas.”
A Frente Parlamentar de Apoio ao Cooperativismo, instalada em 2009 na Câmara Municipal de São Paulo, é uma proposta do líder do PPS, vereador Claudio Fonseca, e tem como objetivo incentivar este segmento - seguindo exemplo das Frentes Parlamentares presididas pelos deputados Arnaldo Jardim e Davi Zaia, ambos também do PPS.
De acordo com dados da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), a cidade tem cerca de mil cooperativas, com mais de 2,7 milhões de associados e 66 mil empregados.
Presidente do Sindicato dos Padeiros, fundador e dirigente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Chiquinho Pereira, pré-candidato a vereador, falou sobre a questão do desemprego, as mudanças no "mundo do trabalho" e suas divergências com setores do próprio movimento sindical.
Assim como Carlos Fernandes, presidente municipal do PPS/SP, Chiquinho também ressaltou uma das principais propostas da campanha de Soninha Francine à Prefeitura de São Paulo em 2008, repetida nestes debates sobre a cidade em 2012: diminuir a distância casa-trabalho, repovoando a região central (local do emprego da maioria da população), enquanto o governo também incentiva a criação de postos de trabalho na periferia da cidade (revitalizando regiões que atualmente concentram apenas "bairros-dormitórios").
Presidente do PPS paulista e da Federação dos Bancários, vice-presidente da UGT, atual secretário de Gestão Pública e ex-secretário de Emprego e Relações do Trabalho do governo Alckmin, o deputado estadual licenciado Davi Zaia tem uma visão privilegiada sobre os principais problemas e possíveis soluções para o desenvolvimento social e a geração de emprego e renda.
Dono de posições polêmicas e contundentes (como o fim do imposto sindical), Zaia também defende, por exemplo, que a Previdência Social seja custeada pela contribuição sobre o lucro das empresas, ao contrário do modelo atual.
"Sou contra o imposto descontado na folha de pagamento, que penaliza o empregado e o empregador", exemplifica Zaia. "Os bancos aumentaram seus lucros mas pagam menos impostos porque reduziram a mão-de-obra com a demissão dos bancários, enquanto outros setores que aumentam os postos de trabalho pagam muito mais, proporcionalmente."
Daí também a necessidade de uma reforma tributária, como defende Davi Zaia. “Justiça Social não se faz apenas com o que é arrecadado pelo governo e sim pela distribuição correta dos impostos", afirma.