Cansados de servir de escada para as grandes agremiações, pequenos e médios partidos podem formar um bloco na construção de uma candidatura alternativa à polarização PT x PSDB em São Paulo - e fora dos "satélites" que gravitam em torno de ambos, alternadamente, como PMDB e PSD.
Firme no propósito de consolidar e viabilizar a candidatura de Soninha Francine como terceira via à Prefeitura - confirmando os números do Ibope e Datafolha, que a colocam em 3º lugar, à frente de petistas e tucanos somados - o PPS vem dialogando com PMN, PHS, PTC, PRP, PSL, PTN, PPL, PRTB, PSDC, PCB e PTdoB.
Além disso, o PPS conversa com partidos que têm pré-candidatos à Prefeitura, mas que podem igualmente construir uma alternativa à polarização PT x PSDB: José Luiz Penna e Eduardo Jorge (PV), Luiza Erundina (PSB), Paulinho da Força (PDT), Celso Russomanno (PRB), Netinho de Paula (PCdoB) Luiz Flávio Borges D´Urso (PTB), Carlos Giannazi e Ivan Valente (PSOL).
O fato é que os partidos menores não querem mais ser vistos como legendas de aluguel, dominadas por políticos de segunda classe, meros coadjuvantes do jogo do poder, servindo apenas para ceder tempo de TV e colocar seus candidatos proporcionais como cabos-eleitorais de luxo (mão-de-obra barata) para os majoritários dos partidos grandes.
Atuando em bloco, esses partidos crescem juntos e fortalecem também a democracia, ao darem voz a setores da sociedade muitas vezes sem espaço nos partidos dominantes. Terão peso diferenciado nos dois turnos das eleições, participação direta na coordenação da campanha à Prefeitura e chances concretas de eleger seus representantes para o Legislativo, com estrutura e visibilidade.
A direção do PPS aposta na construção dessa alternativa. Propõe repetir em São Paulo a terceira via que Marina Silva representou na eleição presidencial de 2010 (reveja aqui). O partido está comprometido com o Programa Cidades Sustentáveis e filiou o empresário Ricardo Young (ex-PV), que teve 4 milhões de votos ao Senado, para ser o "puxador de votos" do PPS para a Câmara Municipal.
Mais importante que encontrar nomes para concorrer à Prefeitura, os partidos e seus representantes precisam apresentar aos cidadãos paulistanos um programa de governo viável e consistente para São Paulo, voltado para um desenvolvimento justo, social, econômico e ambientalmente equilibrado. É o que estamos propondo. Quem nos acompanha?
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