Enfim, o diretor de Redação da Folha de S. Paulo, Otavio Frias Filho, assumiu que o jornal errou ao utilizar, em editorial publicado no dia 17 de fevereiro, o termo “ditabranda” em referência ao regime militar brasileiro.
A declaração foi publicada na edição de domingo (8/3), um dia após manifestação em frente à sede do jornal.
"O uso da expressão 'ditabranda' em editorial de 17/02 passado foi um erro. O termo tem uma conotação leviana que não se presta à gravidade do assunto. Todas as ditaduras são igualmente abomináveis”, afirmou.
Entretanto, Frias Filho manteve a posição de considerar a ditadura militar brasileira “menos repressiva que as congêneres argentina, uruguaia e chilena - ou que a ditadura cubana, de esquerda”.
Se faltava um exemplo de "trocadilho infame", a Folha conseguiu perpetuá-lo em editorial: além de uma injustiça histórica com centenas de militantes de esquerda que morreram e foram torturados nos porões da ditadura, cunhar a expressão "ditabranda" é de lascar. E lembrar que a Folha se arvora de ter lançado a campanha das Diretas contra a ditadura... ai! ai! ai!